Haja pão de queijo no camarim! Quatro das atrações do Palco Central do Planeta Atlântida vêm de Minas Gerais. Amanhã, na noite de abertura, tocam Jota Quest e a dupla Victor & Leo. No sábado, será a vez das bandas Strike e Skank. Desde a segunda edição da festa, em 1997, o Estado sempre enviou representantes para cá.– Acho que somos uma das bandas que mais tocaram no Planeta.
Foram tantas edições… – lembra Samuel Rosa, vocalista do Skank, que vai para seu 11º show em Atlântida. – Nunca me esqueci da primeira vez, em 1997. Ficamos com receio por ser a última banda a entrar no palco, bateu aquele medo de não ter mais ninguém. Lá pelas 3h da manhã a gente entrou e todo mundo estava lá. Ali eu vi a força do Planeta, o gosto que o gaúcho tem pelo rock e o pop.O Jota Quest também é um dos grupos mais presentes. Já são nove edições.
Tamanha convivência permite ao vocalista da banda, Rogério Flausino, estabelecer comparações entre o rock gaúcho e o das Gerais:– Somos muito parecidos, principalmente por não sermos nem de Rio nem de São Paulo, o que acaba gerando uma onda meio punk de “faça você mesmo”.
E o Rio Grande do Sul tem uma paixão muito bacana pelo que é produzido aí.Samuel Rosa faz coro:– O comportamento das bandas de rock é semelhante aqui em Minas e no Rio Grande. Isso é consequência da mesma dificuldade de estar fora do eixo Rio-São Paulo.Mas não é só rock que vai na receita do pão de queijo.
A Strike, por exemplo, mistura hardcore e hip hop.
A turma, que estreou em Planeta na edição de Floripa, em janeiro, está doida para voltar ao palco giratório.– Nunca tínhamos tido essa experiência, foi surreal! Como o Strike é uma banda de grande movimentação no palco, achamos que foi mais fácil ocupar todos os espaços, eu procurei interagir com o público em todas as partes – lembra Marcelo, o vocalista.
Já o bis da dupla sertaneja Victor & Leo – um dos principais shows de 2009 – revela como o Planeta tem acompanhado as mudanças no gosto dos jovens. Samuel Rosa comenta:
– O Planeta sempre foi muito fiel às preferências da molecada.
A proposta sempre foi essa. Não me assusta o fato de ter a presença de duplas sertanejas. Isso é mais do que compreensível quando a gente percebe que, hoje, o rock realmente divide espaço com outros ritmos.Agora, é Rogério Flausino quem faz coro:
– O povo do Sul é muito aberto e receptivo. A plateia é extremamente respeitosa e educada.
Victor, o sertanejo, comemora:
– O preconceito não cabe em um evento que consagra arte e diversidade, como o Planeta. É um privilégio estar junto a bandas diversas, do rock ao pop, até porque temos fortes referências em muitas delas, como o Skank e o Jota.
Fonte : clicrbs.com.br
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